Na última semana, o temor de uma Terceira Guerra Mundial ganhou um novo e assustador patamar. Com a escalada da guerra entre Israel e Palestina – que teve início após um ataque da organização extremista Hamas –, o Irã bombardeou Israel, em uma retaliação que acendeu um alerta global.
O que antes víamos era um conflito com muitas vítimas civis de ambos os lados, mas travado entre uma potência militar e uma organização paramilitar. Agora, assistimos ao surgimento de um conflito direto entre duas nações.
E a situação fica ainda mais complexa: enquanto Israel tem uma relação próxima com os Estados Unidos, o Irã é alvo de fortes sanções ocidentais, o que inevitavelmente o aproxima da Rússia.
Esse alinhamento de forças remete a cenários da Guerra Fria, fazendo com que o mundo se questione: estamos à beira de um confronto de proporções globais?
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o fantasma de um novo conflito em larga escala nunca realmente nos abandonou. Por décadas, a certeza era de que ele envolveria, principalmente, Estados Unidos e União Soviética (hoje associada à Rússia).
Mas a história já nos mostrou que o risco de uma Terceira Guerra Mundial esteve mais perto do que imaginamos em diversas ocasiões.
Relembre outras cinco situações críticas em que o planeta temeu a explosão de uma Terceira Guerra Mundial:
Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida, e Berlim se tornou um palco de tensões. Em agosto de 1961, a construção do Muro de Berlim solidificou essa divisão. Mas, em outubro do mesmo ano, um incidente no “Checkpoint Charlie” quase levou a um desastre.
Um diplomata americano tentou atravessar para Berlim Oriental, foi barrado, e a situação escalou rapidamente. Tanques dos EUA e da URSS se encararam por três dias, num impasse que só foi resolvido quando ambos os lados aceitaram, discretamente, recuar um tanque por vez. Ufa!
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Apenas um ano depois, o mundo segurou a respiração novamente, desta vez em Cuba, durante a famosa Crise dos Mísseis. O líder soviético Nikita Khrushchev instalou mísseis nucleares de médio alcance na ilha, buscando uma vantagem estratégica.
A descoberta levou o presidente americano John F. Kennedy a impor um bloqueio naval e exigir a remoção dos armamentos. Este foi, sem dúvida, o momento em que as duas superpotências estiveram mais próximas de um conflito nuclear. Por sorte, a diplomacia prevaleceu.
No meio da tensa Guerra do Vietnã (1955-1975), um episódio em novembro de 1965 revelou a fragilidade das relações. O presidente americano Lyndon B. Johnson teria explodido de raiva com seus generais, que queriam uma intervenção mais dura no Vietnã, arriscando uma guerra nuclear.
Mas o lado soviético também tinha seus “generais” impacientes. Memórias de um aliado de Khrushchev, Anastas Mikoyan, revelaram que o Estado-Maior Soviético, indignado com ações americanas, sugeriu uma “demonstração militar” em Berlim, com tropas e mísseis. Felizmente, os líderes civis soviéticos rejeitaram a ideia, evitando um confronto ainda maior.
Em 1973, a Guerra do Yom Kippur no Oriente Médio quase arrastou as superpotências. Após um ataque surpresa do Egito (aliado soviético) contra Israel, os israelenses contra-atacaram e ameaçaram destruir um exército egípcio.
A União Soviética sugeriu uma intervenção militar conjunta com os EUA para separar as forças, o que os americanos viram como uma tentativa de enviar tropas soviéticas à região. Com o presidente Nixon enfraquecido pelo caso Watergate, os soviéticos ameaçaram intervir unilateralmente, levando os EUA a elevar seu alerta militar, incluindo forças nucleares. Um blefe, talvez, mas que gelou o mundo.
O último grande alerta da Guerra Fria foi, ironicamente, um acidente. Em novembro de 1983, EUA e OTAN realizaram o exercício militar “ABLE ARCHER”, simulando uma transição para operações nucleares.
As mensagens codificadas, que sempre começavam com “exercício”, foram interceptadas pelos soviéticos. O problema? O Kremlin interpretou o treinamento como uma preparação real para um ataque nuclear da OTAN, e reagiu como se uma guerra estivesse iminente. A inteligência americana percebeu a reação desproporcional, e o mundo só respirou aliviado quando o pico de tráfego de mensagens diminuiu e os soviéticos recuaram.
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