Quem gosta de romances ambientados em cenários históricos vai se surpreender com o visual hipnotizante de Cidade de Gelo, filme disponível na Netflix que transforma a São Petersburgo do início do século XX em um palco de opulência, revolta e paixão.
A trama pode até seguir por caminhos já conhecidos do gênero, mas o que ela entrega em termos de atmosfera e beleza visual vale – e muito – a experiência.
O protagonista é Matvey, um entregador de patins que vive nas ruas geladas da cidade, tentando equilibrar trabalho, sobrevivência e um envolvimento perigoso com uma gangue que rouba da elite usando acrobacias no gelo.
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Do outro lado da trama está Alisa, filha de um ministro poderoso, educada para seguir os protocolos da alta sociedade, mas disposta a trilhar um caminho próprio. Quando seus mundos colidem, a história ganha ritmo e delicadeza.
A produção capricha em cada detalhe visual. Os figurinos são deslumbrantes e os cenários recriam com perfeição os extremos da cidade – de salões de baile luxuosos a becos congelados.
As cenas de patinação roubam a cena: são coreografadas como verdadeiros balés, com movimentos que lembram até o ritmo das obras de Tchaikovsky.
Mesmo com esse cuidado estético, Cidade de Gelo evita mergulhos mais profundos na tensão política do período. A desigualdade social é pano de fundo, mas raramente ganha voz ou reflexão mais ousada. Ainda assim, a química entre Fedor Fedotov e Sonia Priss funciona bem e mantém a conexão emocional viva até o fim.
Para quem busca um filme que encanta pelos olhos e embala com um toque de romance melancólico, essa produção russa entrega exatamente isso. Sem reinventar o gênero, mas oferecendo uma viagem visual para tempos congelados pela história e aquecidos por amores improváveis.
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