Quantas vezes você deixou a maratona de série atravessar a madrugada achando que compensaria depois? Pois é, esse “jeitinho” de cortar horas de descanso pode custar caro.
Quem solta o sinal vermelho é o neurologista Pedro Schestatsky, pós-doutor por Harvard e referência em saúde cerebral. Segundo ele, noites encurtadas — ou interrompidas por apneia — impedem o cérebro de fazer a faxina que mantém as células em ordem, abrindo caminho para o Alzheimer mais cedo do que se imagina.
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Enquanto você apaga, entra em ação o sistema glinfático: um encanamento microscópico que drena proteínas tóxicas, inclusive a temida beta-amiloide.
Se o descanso é picotado, esse serviço de limpeza trava e o “lixo” químico se acumula. De acordo com Schestatsky, é como se o cérebro encolhesse por falta de espaço — cenário perfeito para dano cognitivo progressivo.
Quem ronca alto ou desperta engasgado vive micro-pausas respiratórias que derrubam o oxigênio no sangue. Cada mini-sufoco inflama o tecido cerebral, algo especialmente perigoso para quem já tem placas beta-amiloides se formando.
O médico sugere que todo paciente com Alzheimer no início da doença passe por uma polissonografia; tratar apneia pode desacelerar o avanço do quadro.
Dados globais mostram que só 4% da população apresenta índices metabólicos perfeitos. Colesterol alto, glicemia fora da linha e sedentarismo, unidos à privação de sono, formam a combinação que alimenta estresse crônico, depressão e déficit de atenção — condições que, por sua vez, potenciam a perda neuronal.
Schestatsky chama a prática de “musculação mental”. Inspirar devagar, segurar o ar e soltar com calma ativa o sistema nervoso parassimpático, baixando o nível de cortisol. Menos estresse à noite significa maior chance de sono profundo e de um glinfático operando em alta.
Mantenha horário fixo para deitar e acordar, inclusive no fim de semana.
Desligue telas pelo menos 60 min antes de dormir; luz azul bagunça a produção de melatonina.
Experimente a técnica 4-7-8: inspire em 4 s, segure 7 s, expire 8 s — três repetições já acalmam o corpo.
Observe sinais de apneia: ronco persistente, sonolência diurna, dor de cabeça ao acordar. Se suspeitar, procure um especialista.
Enxugue notificações noturnas e evite rolagem infinita em redes sociais; barulho mental também tira o sono.
Dormir bem, conclui o neurologista, é intervenção de baixo custo que previne problemas caros — para o bolso e para a memória.
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