Muita gente conhece filmes sobre a Segunda Guerra, mas pouca gente olha para o que aconteceu depois: criminosos nazistas vivendo tranquilamente em países que lhes deram abrigo.
Jaguar parte exatamente desse ponto cego histórico e transforma o pós‑guerra espanhol dos anos 1960 em terreno de caça para um pequeno time clandestino que decide fazer aquilo que as cortes não fizeram.
Isabel Garrido (Blanca Suárez) sobreviveu quando criança a um campo de extermínio onde perdeu toda a família. Duas décadas mais tarde, trabalhando em Madri sob identidade discreta, ela descobre pistas de que o ex‑oficial Otto Skorzeny — figura influente entre fugitivos nazistas instalados sob a proteção do regime franquista — circula livremente.
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A partir daí, Isabel abandona qualquer tentativa de vida “normal” para rastrear o homem ligado às memórias mais violentas da infância.
Durante a perseguição, Isabel cruza com um núcleo clandestino formado por outros sobreviventes e dissidentes espanhóis.
Cada integrante carrega uma função prática (logística, vigilância, falsificação de documentos) e uma ferida pessoal relacionada a crimes de guerra. Em vez de heróis impecáveis, vemos pessoas com traumas não resolvidos usando disciplina e audácia para montar operações de captura.
A série explora um dado real: a Espanha franquista serviu de refúgio para diversos ex‑nazistas e colaboradores, aproveitando redes de proteção e passaportes falsos. Jaguar ficcionaliza nomes e encontros, mas mantém referências reconhecíveis a rotas de fuga, clubes exclusivos e negócios de fachada usados para lavar reputações.
O roteiro mostra uma protagonista que alterna frieza operacional e flashbacks que a paralisam por segundos — recurso que amplia tensão sem cair em melodrama.
Sua motivação não é “vingança genérica”, e sim a necessidade de validar que a própria sobrevivência teve sentido. Em campo, ela domina leitura de rotinas, códigos visuais e uso de detalhes banais (um maço de cigarros, uma bandeja, um reflexo na vitrine) para se infiltrar.
Skorzeny aparece como peça carismática, cercado de ex‑militares e empresários espanhóis, confiante na impunidade que a política local lhe dá. O perigo não vem apenas da força física, mas das conexões capazes de desmontar investigações oficiais antes que nasçam — e isso obriga o grupo a operar fora de qualquer protocolo legal.
Jaguar entrega ação enxuta, investigação, infiltração, tensão psicológica e debate moral em episódios que avançam sem enrolação.
A combinação de suspense histórico com operação de campo cria ganchos eficientes já no primeiro capítulo — especialmente quando fica claro que cada captura tem preço interno alto para o time.
Disponível na Netflix Brasil com áudio original em espanhol e opções de dublagem e legendas. Episódios de duração média (cerca de 45–50 minutos) facilitam maratona controlada, mantendo foco na missão principal sem se perder em tramas paralelas irrelevantes.
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