Uma tempestade elétrica provocou o clique de um dos raios mais raros do planeta. Um fotógrafo registrou o momento em que ocorreu o relâmpago, em forma de jato com bolas de fogo.
As imagens são de Frankie Lucena, que foi elogiado pelos cientistas da Nasa. “Eu não posso acreditar que fui capaz de capturar detalhes tão incríveis”, declara o fotógrafo. Ainda segundo ele, o fato aconteceu perto das Ilhas Virgens, nos Estados Unidos, antes da tempestade tropical “Peter”.
“Os jatos gigantes (gigantic jets, GJs) são fenômenos que estão dentro de um grupo chamado de “Eventos Luminosos Transientes” (Transient Luminous Events, TLEs). Os TLEs são fenômenos luminosos de curta duração (duram menos de 1 segundo) que ocorrem acima de nuvens de tempestade, e estão ligados à ocorrência de relâmpagos”, explica Diego Rhamon, mestrando em meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele mesmo já filmou um desses eventos no Brasil.
O especialista explica que, entre os eventos luminosos transientes, os jatos gigantes são os mais raros.
“É o único [TLE] que liga diretamente o topo da nuvem à ionosfera [uma das camadas da atmosfera]. A parte inferior possui uma estrutura mais estreita, semelhante ao tronco de uma árvore, com coloração azul/roxa, que gradualmente se ramifica e se torna avermelhada nas proximidades da parte superior”, descreve.
Para Diego Rhamon, a repercussão das imagens de Lucena se deve ao fato de terem sido feitas em tamanha qualidade – provavelmente pela primeira vez. “Os outros GJs foram registrados com qualidade bem mais baixa”, diz.
Para capturar os fenômenos, o observador precisa ter uma câmera sensível à luz noturna. “Algumas câmeras de segurança, como as usadas na Bramon [Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros], conseguem registrar, mas também têm que ser usadas as lentes corretas nas câmeras”, explica o mestrando.
As câmeras profissionais, por exemplo, podem ser usadas, desde que com lentes adequadas. (Já no celular, por exemplo, não é possível).
Também dá para ver o evento a olho nu, explica Diego Rhamon, “mas é bem tênue, e é bom a pessoa estar em um local bem escuro”.
Um outro ponto é que os jatos gigantes podem ser confundidos com outro fenômeno, os sprites.
“Os sprites são o tipo mais comum de TLE, e estão relacionados com a ocorrência de relâmpagos do tipo nuvem-solo, geralmente de polaridade positiva. Possuem coloração avermelhada, e geralmente são observadas diversas ramificações na sua estrutura. Eles podem ocorrer em altitudes que vão de 30 a 90-100 km [também na ionosfera]”, esclarece Diego Rhamon.
Por causa dessa semelhança de cor, diz o pesquisador, “se a imagem não tiver uma definição muito clara, e também se tiver obstáculos encobrindo a parte inferior de um jato gigante (nuvens, montanhas, edificações), ele [o jato gigante] pode sim ser confundido com um sprite, já que a maior diferença na aparência dos dois está na parte inferior e central”, avalia.
Informações do G1
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