Entre as novidades que chegaram ao catálogo, One Hit Wonder virou assunto por unir drama musical, carisma de elenco e uma ambientação que puxa a memória afetiva dos anos 90.
É o tipo de filme que começa leve, com humor pontual, e aos poucos acerta o coração com escolhas difíceis, promessas quebradas e aquele desejo antigo de subir ao palco e ser ouvido.
A trama acompanha Lorina e Entoy, dois jovens artistas das Filipinas que tentam transformar talento em carreira.
Eles formam uma dupla afinada, mas vivem em encruzilhada: o otimismo quase teimoso de Entoy contrasta com a cautela de Lorina, cansada de portas que não se abrem. Quando surge a possibilidade de um “golpe de sorte”, os dois precisam decidir se vale arriscar tudo mais uma vez.
Leia também: Justiça toma decisão final após família de gari pedir bloqueio de R$ 3 milhões de empresário em BH
O eixo emocional não está só no sonho de emplacar um sucesso. O filme trabalha família, lealdade e frustração de quem já comeu o pão que a indústria amassou.
O reencontro com o palco reacende química e cria tensão romântica, mas também expõe rachaduras: medo de repetir erros, insegurança diante do público e a pergunta que corrói qualquer dupla — até onde dá para ir juntos?
As canções não são enfeite; funcionam como extensão do que os personagens não conseguem dizer. O repertório navega entre baladas sentimentais e números mais enérgicos, sempre integrado à narrativa. Quando a plateia vibra, a câmera cola nos rostos para mostrar o que realmente interessa: respiração presa, suor, olho marejado.
Com Sue Ramirez (Lorina) e Khalil Ramos (Entoy), o filme ganha presença de palco. Ela trabalha no detalhe — silêncio, olhar que hesita, voz que falha na hora errada. Ele traz leveza e crença quase infantil no “vai dar certo”. Juntos, entregam cenas que explicam por que tanta gente sai comentando que “se emocionou do começo ao fim”.
A direção aposta em planos próximos, cortes enxutos e uma paleta que alterna neon de barzinho com tons quentes de bastidor. Nada de melodrama derramado: quando dói, dói porque a situação pede, não porque a trilha insistiu. O ritmo é esperto — faz rir, segura o nó na garganta e volta a respirar sem quebrar o clima.
Se você gosta de dramas com música, dilemas de quem tenta recomeçar e romances que nascem no palco, One Hit Wonder entrega o pacote.
É uma história sobre ter só uma chance e fazer essa chance contar — não só para a carreira, mas para quem você escolhe ser quando as luzes apagam.
Leia também: Você já sentiu uma fisgada repentina no peito? Descubra agora o que pode estar por trás dessa dor
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
Tem filme de terror que assusta pelo susto; O Poço faz outra coisa: ele te…
O universo dos jogos deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se linguagem, metáfora e até lente…
Tem gente que apaga vela de aniversário aos 30 com a sensação de que ganhou…
Quando a gente é criança, o mundo inteiro passa pelos olhos dos nossos pais. O…
A Revolução da Inteligência Artificial Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem transformado…
Aos 75 anos, acostumado a comandar grandes finais e Copas do Mundo, Galvão Bueno agora…