Um manuscrito de um poema inédito de Mario Quintana, datado de 1º de janeiro de 1941, foi adquirido pela Associação de Amigos da Biblioteca Pública do Estado. Em breve, a peça integrará o acervo da Biblioteca Pública do Estado e entrará em exposição.
A peça estava dentro da primeira edição de um livro do próprio autor, intitulado “Poesias” . As letras garrafais anunciam “Canção do Primeiro do Ano” no topo da página. A caligrafia marcante de Quintana transporta o leitor para observar, pelo movimento das horas, a chegada de um novo tempo. Um poema com o mesmo título já havia sido publicado, mas o conteúdo dos versos é totalmente diferente ao encontrado em 2022.
O achado foi feito a partir da compra do acervo de uma família pelo livreiro George Augusto. Ele, então, entrou em contato com o professor, crítico e presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antonio Hohlfeldt, que trabalhou com Mario Quintana na redação do jornal Correio do Povo. Hohlfeldt imediatamente reconheceu a caligrafia inconfundível do poeta e, percebendo a importância da situação, entrou em contato com o presidente da AABPE, Gilberto Schwartsmann, que comprou a peça.
“Fico feliz com a entrega do poema à Biblioteca, tornando-o um patrimônio público. Ele vem de uma importantíssima leva de poetas dos anos 30, mas nunca foi muito valorizado, por ser erroneamente considerado simples. A complexidade do Mario está justamente em fazer tudo parecer simples”, apontou Hohlfeldt.Patrimônio público
A ideia é que a peça faça parte do acervo da Biblioteca e, posteriormente, fique em exibição na Casa de Cultura Mario Quintana, que possui uma área dedicada ao poeta.
Canção do primeiro do ano
Pelas estradas antigas
As horas vêm a cantar.
As horas são raparigas,
Entram na praça a dançar.
As horas são raparigas…
E a doce algazarra sua
De rua em rua se ouvia.
De casa em casa, na rua,
Uma janela se abria.
As horas são raparigas
Lindas de ouvir e de olhar.
As horas cantam cantigas
E eu vivo só de momentos,
Sou como as nuvens do céu…
Prendi a rosa dos ventos
Na fita do meu chapéu.
Uma por uma, as janelas
Se abriram de par em par.
As horas são raparigas…
Passam na rua a dançar.
As horas são raparigas
Lindas de ouvir e de olhar.
As horas cantam cantigas
E eu vivo só de momentos,
Sou como as nuvens do céu…
Prendi a rosa dos ventos
Na fita do meu chapéu.
Uma por uma, as janelas
Se abriram de par em par.
As horas são raparigas
Informações do G1
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