Quando Fábio Assunção sentou para conversar no podcast “Tantos Tempos”, em 29 de outubro, o relato veio direto, sem maquiagem: o ator descreveu o momento em que a vida profissional atropelou o corpo e a cabeça, e como a dependência entrou nesse terreno já desgastado.
O ponto de partida é um esgotamento profundo — e o caminho, segundo ele, foi reaprender coisas básicas, do horário de dormir ao jeito de se relacionar com a própria rotina.
Leia também: Incrível descoberta: veja toda a vida de Jesus traçada em mapa e entenda onde cada passo aconteceu
Assunção recorda que o acúmulo de gravações e a pressão por desempenho começaram a corroer tudo por volta dos 30 anos. “Fiquei dez anos dentro de um estúdio… Cheguei exausto. Ali eu fiquei velho. Eu virei um bebê. Tive que reaprender tudo: a andar, a falar, a lidar com meus horários”, diz, ligando o colapso ao desgaste físico e emocional que antecedeu o abuso de substâncias.
O ator lembra que buscou tratamento nos anos 2000, passando por clínicas de reabilitação, e que a pausa foi menos “derrota” e mais interrupção necessária para não quebrar de vez.
No depoimento, ele amplia o recorte e fala da dependência sem moralismo. O problema, afirma, não está “no produto”, mas no espaço que aquilo ocupa na vida até sufocar o restante.
A fala abre brecha para um ponto importante: o processo de cura não é único, e existem “portas de saída” diferentes — conceito que, para ele, amarra a experiência de recaídas, novas tentativas e ajustes finos que acompanham qualquer tratamento sério.
A família surge como estrutura e termômetro. Pai de três, Fábio conta que cada filho puxou conversas distintas e ajudou a recolocar prioridades no lugar.
Ele admite que “desistiu por um tempo” — o que chama de ter “ficado velho” —, mas que retomou o fôlego ao reencontrar sentido nas relações próximas e na rotina. A formulação é simples: envelhecer, para ele, seria desistir; seguir adiante exige aceitar mudanças e reconstruções constantes.
O ator também faz um balanço de presente e futuro. Aos 54, diz olhar “de fora” e enxergar beleza nas possibilidades de não desistir, ressignificar fases da vida e exercer liberdade de pensamento — um contraponto ao período em que se sentiu engolido pelo trabalho e pela imagem pública.
O trecho ajuda a entender por que o relato impacta: não é confissão para efeito de manchete; é um mapa de como reorganizar a própria história sem truques e sem atalhos.
O papo completo no “Tantos Tempos” está no ar e reúne esses pontos com trechos sobre carreira, saúde mental e reconstrução de vínculos.
Para quem pesquisa dependência, burnout e retorno ao trabalho no audiovisual, o material funciona como documento de época e registro honesto de alguém que aprendeu a reduzir o barulho ao redor para escutar o que ainda podia ser salvo. Assista ao episódio no link destacado pela reportagem.
Leia também: Cientistas descobriram o segredo dos idosos com cérebros de aço — e é mais simples do que parece
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
Tem filme de terror que assusta pelo susto; O Poço faz outra coisa: ele te…
O universo dos jogos deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se linguagem, metáfora e até lente…
Tem gente que apaga vela de aniversário aos 30 com a sensação de que ganhou…
Quando a gente é criança, o mundo inteiro passa pelos olhos dos nossos pais. O…
A Revolução da Inteligência Artificial Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem transformado…
Aos 75 anos, acostumado a comandar grandes finais e Copas do Mundo, Galvão Bueno agora…