O Dia Internacional da Mulher foi instituído em 1910, na Dinamarca, em meio à II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, embora só tenha sido oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975.

O dia 8 de março foi escolhido não por acaso. Em 1857, nessa data, foi realizada nos Estados Unidos a primeira greve de mulheres, em uma fábrica de tecidos na cidade de Nova York. As tecelãs reivindicavam tratamento digno (sofriam violência sexual e física), redução da carga horária diária para 10 horas (a carga horária era de 16 horas) e salários iguais aos dos homens que exerciam o mesmo cargo (ganhavam um terço do salário dos homens).

A repressão a manifestação das tecelãs é motivo de dúvidas até hoje. São duas as versões. Alguns segmentos acreditam que a greve foi dispersa com violência pela polícia. Outros segmentos acreditam que 130 manifestantes ficaram acuadas pelos policiais, e teriam entrado na fábrica, onde seus patrões as teriam trancado, e ateado fogo ao prédio, matando todas elas. Os estudiosos que não acreditam na versão do incêndio, alegam que há uma confusão entre a greve de 1857, reprimida com violência pelos policiais, e a tragédia na fábrica Triangle Shirtwaist Company, que aconteceu em 25 de março de 1911, também em Nova York, quando cerca de 140 operárias foram mortas em um incêndio causado pelas péssimas condições da fábrica.

É importante lembrar que nesse período, as mulheres não tinham direitos civis como os homens. No Brasil, por exemplo, as mulheres só obtiveram o direito ao voto em 1932.

Desde que foi instituído o Dia Internacional da Mulher, a data é marcada por discussões sobre o papel da mulher na sociedade, buscando soluções para a discriminação, para a desvalorização do trabalho das mulheres, uma realidade até hoje na maioria dos países.







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