Quando o agressor está dentro de casa, a investigação muda de figura…

Foi o que aconteceu em Beal City (Michigan), caso retomado no documentário da Netflix “Número Desconhecido: Catfishing na Escola”, que reconstrói como uma adolescente e o namorado receberam, por meses, mensagens anônimas de ódio — até a polícia apontar a autora: a própria mãe da jovem.

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O que o documentário mostra

Segundo o filme, Lauryn Licari e o então namorado Owen McKenny começaram a ser alvo de dezenas de mensagens por números desconhecidos, com ataques pessoais e pressão para que terminassem o relacionamento. A persistência do assédio levou a escola e as autoridades a acionarem peritos e, depois, o FBI.

No início, a mãe, Kendra Licari, aparecia como quem queria ajudar — participava de reuniões, cobrava respostas e acompanhava buscas por suspeitos.

A revirada veio quando a apuração conectou os envios ao seu endereço IP e a números gerados por aplicativos, revelando que era ela quem escrevia. Em 2023, Kendra declarou-se culpada por duas acusações de perseguição a menor.

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O que ela disse antes da sentença

Em audiência, Kendra chorou e leu uma mensagem de responsabilização: afirmou que não queria mais ferir ninguém, reconheceu o dano à família e disse que perdeu o controle depois que começou. “Virou uma espiral… eu não sabia como parar”, declarou.
Misterios do Mundo

Os textos recuperados e exibidos no documentário mostram ataques sobre aparência, autoestima e sexualidade da vítima, além de manipulação emocional envolvendo o namorado.

Entre os trechos, há xingamentos e frases como “você é lixo” e “ele acha você feia”, que a investigação classificou como vulgares e repugnantes.

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Pena e situação atual

A Justiça de Michigan fixou pena máxima de até cinco anos; Kendra foi presa e, em agosto de 2024, deixou a prisão sob liberdade supervisionada, com proibição de contato com Lauryn até o fim do período de acompanhamento.

O episódio expõe falhas na confiança familiar, mostra como o cyberbullying pode ser sofisticado (com números mascarados e personificações) e discute o impacto psicológico em adolescentes que passam meses sob assédio.

A Netflix reuniu depoimentos de envolvidos e especialistas para reconstituir a cronologia e as consequências.

Observação: os trechos entre aspas reproduzem declarações da audiência e do documentário; nomes, datas e decisões constam dos materiais citados e dos registros públicos do caso.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.