Tem conversa que parece uma “esteira”: você responde, a pessoa muda o foco, distorce o que você disse, pede explicação de novo, cutuca um ponto sensível… e, quando você percebe, já gastou energia demais tentando ser entendido. Nesses casos, o objetivo não é “vencer a discussão”. É fechar a porta com educação, firmeza e o mínimo de brecha.
Só um detalhe importante: “narcisista” virou um rótulo popular, mas transtorno de personalidade narcisista é um diagnóstico clínico e bem mais específico do que “ser egoísta”.
Aqui, eu vou falar de comportamentos/traços narcisistas (desqualificação, necessidade de controle, falta de empatia na prática, etc.) — e de frases curtas que ajudam a encerrar o contato na hora.

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“Eu vou encerrar por aqui.”
Funciona porque não abre debate. Você não pede permissão, não acusa, não explica demais. É uma frase “ponto final”.
Como usar: diga e execute (silencie, desligue, saia do ambiente). Se a pessoa insistir, repita igual, sem subir o tom.
“Entendi o seu ponto. Eu discordo. Vamos parar.”
Você reconhece que ouviu (sem concordar) e corta a tentativa de te puxar pra um duelo infinito. É útil quando a pessoa tenta te cansar no argumento.
Dica: fale em ritmo calmo e curto. Quanto mais justificativa, mais material você entrega pra ser distorcido.

“Eu não vou responder ataque pessoal.”
Quando o assunto vira ofensa, ironia, humilhação ou “diagnóstico” sobre você, essa frase separa tema de agressão.
Se vier provocação do tipo “ah, tá sensível?”, você só repete e encerra. Pessoas com traços narcisistas podem reagir com raiva ou desprezo quando se sentem contrariadas — então, o limite precisa ser claro e rápido.
“Se continuar nesse tom, eu vou desligar/sair.”
Aqui você dá uma condição objetiva + consequência objetiva. É diferente de ameaçar ou discutir moral: é só regra de convivência.
Regra de ouro: se continuar, cumpra. Se você avisa e não faz, a conversa vira teste de limite.
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“Isso não é algo que eu vá discutir agora.”
Essa é ótima quando a pessoa tenta te prender numa DR improvisada, num interrogatório, ou em cobranças no pior horário possível. Você não precisa provar que “tem motivo”; você só define o timing.
Variações úteis: “Agora não.” / “Não vou entrar nisso.” / “A gente fala outro dia — se for com respeito.”
“Eu topo conversar quando for com respeito e foco. Até lá, vou me afastar.”
Você deixa uma porta aberta com condição (respeito e foco) e, ao mesmo tempo, se protege. Ajuda muito quando o padrão é: provoca → você reage → a pessoa usa sua reação contra você. Manter-se neutro e pouco reativo costuma reduzir combustível para a escalada;
Se houver ameaça, perseguição, controle de rotina, medo de retaliação ou violência, priorize segurança e apoio (amigos, família, jurídico, terapia). Em caso de risco imediato no Brasil, ligue 190.
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