Uma adolescente de 14 anos que estuda num colégio cívico-militar de Curitiba, foi vítima de racismo e outras ofensas dentro da institução. A garota se recusa a ir à escola depois que recebeu uma ameaça de morte.

A Políciaq Civil investiga o caso, após a família registrar dois boletins de ocorrência.

O primeiro caso de racismo aconteceu no dia dez de novembro, quando a menina encontrou o caderno rabiscado com as ofensas, onde escreveram: “Onde já se viu ter um preto nesse colégio” e “preta desgraçada”.

pensarcontemporaneo.com - Adolescente negra de 14 anos é ameaçada de morte e sofre injuria racial em escola de Curitiba

Os pais da menina afirmaram que descobriram o caso atraves de uma amiga da filha.

“Nesse primeiro dia não foi a escola quem fez o contato, mas uma amiga da minha filha, porque ela não conseguia nos contar. Estava muito chorosa”, contaram os pais.

Após o caso de racismo, amigos da estudante fizeram um ato na escola e os pais registraram o primeiro boletin à Polícia Civil.

Porém, sete dias depois, uma nova ofensa foi deixada nos materiais da menina, desta vez acompanhada de uma ameaça: ‘Vou te matar, preta desgraçada”.

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Os pais registaram um novo noletim de ocorrência na delegacia. A advogada da família, Valéria Rocha, disse que todos os procedimentos estão sendo tomados.

“A família procurou um profissional e amigos que pudessem dar razão a eles, no sentido da necessidade de fazer boletim e procurar a escola, além da necessidade de um acompanhamento psicológico à criança”, afirmou.

E a escola?

ASecretaria Estadual de Educação do Paraná, responsável pela escola civico-militar, diz que acompanha o trabalho da polçícia para identificar o autor das mensagens.

“A Secretaria está dando todas as informações necessárias e acompanhando o caso. Todas as medidas cabíveis foram tomadas na escola, com trabalhos de orientação e conscientização aos alunos e toda a comunidade escolar”, afirmou o diretor de Educação, Roni Miranda.

O servidor do departamento de Diversidades e Direitos Humanos da Seed, galindo Ramos, tem realizado trabalhos de conscientização.

“Estamos com um acompanhamento mais presente e voltaremos na próxima semana para conversar com alunos e professores. A intenção é fazer um plano de apoio para discutir o que aconteceu e eliminar isso do ambiente escolar”, destacou.

“Negra e amada”

Os pais da estudante afirmaram que ela deve retornar para as aulas nos próximos dias.

As informações são do G1







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