Um estudo acadêmico recente apontou o que todo mundo já suspeitava: as mulheres realmente são mais fortes que os homens. A estrutura corporal dá ao homem a condição de ter mais força física, porém isso não significa ter mais resistência. Descobertas científicas indicam que as mulheres, em condições extremas, como fome, epidemias e escravidão, resistem e sobrevivem por mais tempo que eles.

Para chegar a esse apontamento, acadêmicos da Universidade do Sul da Dinamarca investigaram alguns casos históricos em que as populações estiveram expostas a situações extremas de dificuldades. Em todos os casos analisados, as mulheres superaram os homens na questão de sobrevivência.

Em situação normal já era confirmado que elas superam eles na expectativa de vida, não apenas pela questão cultural que se refere aos cuidados que elas dedicam mais a sua saúde, mas também por uma questão de favorecimento biológico, ou seja, são biologicamente mais resistentes.

Esse favorecimento biológico se refere às questões hormonais, no qual sugere que os estrogênios, encontrados e maior quantidade nas mulheres, têm efeitos anti inflamatórios, enquanto a testosterona, encontrada em maiores quantidades nos homens, pode realmente suprimir o sistema imunológico.

casos analisados, em que ambos os gêneros tinham um estilo de vida e comportamento social semelhantes, como as freiras enclausuradas e os monges, confirmaram que uma diferença na expectativa de vida ainda persiste, com uma ligeira vantagem para elas.

Também a mortalidade infantil é maior no gênero masculino, em todas as situações sociais analisadas.

Embora esses dados pertencentes às sociedades modernas e ambientes normais já fossem confirmados de há muito tempo, com o resultado de que, salvo por algumas condições sociais em determinado lugares, a regra é de que as mulheres superem os homens, os pesquisadores tinham como objeto descobrir qual gênero era mais resistente em situações anormais de adversidades.

Foram investigados casos como a fome irlandesa de 1845-1849, as epedimias de sarampo da Islândia de 1846 e 1882 e as experiências de escravos liberianos libertos que retornaram à África dos EUA no início do século XIX, onde encontraram um clima de doença muito diferente que matou muitos .
O estudo descobriu que, em todas as populações submetidas à análise, as mulheres apresentavam menor mortalidade em quase todas as idades, até mesmo na faixa etária da infância, comprovando que os meninos eram menos resistentes.

Com base nessas descobertas, os pesquisadores concluíram: “A hipótese de que a vantagem de sobrevivência das mulheres tem fundamentos biológicos fundamentais é sustentada pelo fato de que, em condições muito duras, as mulheres sobrevivem melhor do que os homens, mesmo em idades infantis, quando diferenças comportamentais e sociais podem ser mínimas ou favorecer os homens “.

A autora principal do novo estudo, a professora Virginia Zarulli, escreveu na revista PNAS: “As condições experimentadas pelas pessoas nas populações analisadas foram horríveis. Mesmo que as crises reduzissem a vantagem de sobrevivência feminina na expectativa de vida, as mulheres ainda sobrevivem melhor do que os homens.







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