Por: Roberto Debski

Uma pessoa com baixa autoestima tem pouca confiança em si própria, não acredita ser capaz de conseguir seus objetivos, tem o costume de se criticar excessivamente, se responsabilizar quando as coisas não dão certo, e dar o crédito aos outros, quando elas dão certo.

É uma pessoa que vive abaixo de seu potencial, sempre tentando ser aceita, muitas vezes vivendo relacionamentos insatisfatórios ou abusivos, por não acreditar que merece mais do que recebe, e geralmente aceitando migalhas emocionais.

Com essa atitude deixa de viver plenamente, para viver os projetos de outras pessoas, para agradar, abrindo mão de seus objetivos e muitas vezes de seus princípios e valores.

Segundo Bert Hellinger, terapeuta alemão criador das Constelações Familiares, que enunciou as Ordens do Amor que direcionam uma vida saudável nos sistemas em que vivemos, em toda relação adulta deve existir um equilíbrio de troca saudável, entre o dar e o receber.

A pessoa com baixa autoestima não consegue viver saudavelmente essa lei da Vida e atrairá para suas relações pessoas que buscam alguém para se afirmar, impor ou mesmo explorar, e é muito difícil para quem tem baixa autoestima dizer não quando se sente abusada.

A baixa autoestima vem da incapacidade de reconhecer seu próprio valor como pessoa.

Por vezes houve a percepção de falta de atenção e carinho ou amor na infância, devido a um fluxo interrompido do amor na relação dessa criança com seus pais, ou não houve uma valorização da criança pelo que era, além de muitas cobranças e julgamentos.

As relações familiares podem não ter sido as ideais, e para ser aceita essa criança fez o possível para agradar e não aprendeu a respeitar sua individualidade.

Por não ter se sentido vista ou amada por seus pais, sempre fará o possível, em todas relações, para buscar esse amor e aceitação dos pais na figura daqueles com quem se relaciona, tecendo relações imaturas e insatisfatórias.

Podem ser várias as consequências da autoestima baixa:

Falta de autoreconhecimento e consequentemente também de reconhecimento externo. Viver a vida abrindo mão de seus ideais e valores em benefícios dos outros. A possibilidade de atrair para suas relações pessoas abusivas e desrespeitosas. Deixar de ousar e empreender por medo de fracassar ou sentimento de não ser boa o suficiente. Perder oportunidades por não acreditar que é possível conseguir superar os desafios.

Você já se viu em alguma dessas situações?

As mulheres se importam demais com os padrões de beleza e muitas vezes tem dificuldades em conseguir se aceitar.

Esses padrões de beleza mudaram muito através dos séculos. Pinturas e esculturas antigas mostram mulheres tidas então como modelo de beleza, que para os padrões atuais são julgadas como obesas.

A beleza é uma questão que vai muito além da estética.

Muitas pessoas que seguem os padrões de beleza atuais se sentem mal interiormente por não corresponderem a outros critérios e terem questões emocionais que não conseguem superar sozinhas.

Há muita mulheres fora dos padrões atuais de peso e aparência que tem sucesso nas relações enquanto outras dentro dos padrões ditados pela sociedade não tem.

A diferença é a postura interna, a maneira como se sentem e se vêem, a autoaceitação e o respeito por si próprias.

Isso emana uma aura de beleza que transcende o físico, e atrai as pessoas em volta.

Algumas dicas para aumentar a sua autoestima:

– Acredite em seu potencial, aja apesar do medo de falhar.

– Enumere suas qualidades e virtudes. Perceba que todas as pessoas tem seus pontos positivos e negativos, assim como você.

– Ouse fazer diferente, sem medo de julgamentos. Aprenda a tecer críticas construtivas para você mesma. Quando falhar, deixe as críticas destrutivas de lado e aprenda com seus erros. Da próxima vez, erre algo diferente, não mais o mesmo.

– Faça um planejamento para atingir suas metas, comece pelas pequenas e assim vá quebrando crenças limitantes de incapacidade.

– Extraia o melhor de si, procure fazer o que gosta, sentir-se bem, valorizar a si própria tanto quanto valoriza os outros.

– Aprenda que as relações necessitam da troca equilibrada para darem certo. Numa relação em que alguém só dá e o outro só recebe, cria-se um abismo, e aquele que muito recebe se sente devedor e acaba deixando a relação.

– Aceitar e tomar a Vida plenamente requer aceitar a Fonte da Vida, nossos pais e antepassados que a trouxeram até nós. Se você tem restrições, julgamentos e críticas em relação a seus pais, as terá para si própria.

Eles nos deram o suficiente, e o que foi a eles possível, já que também vieram de sistemas famliares com dificuldades. O adulto saudável e com boa autoestima cuida de sua criança interior e dá a ela o que necessita. Não espera de outros, relacionamentos ou mesmo dos pais, que supram suas carências.

– Conheça as Constelações Familiares e procure se necessário psicoterapia.

Muitas vezes a causa de nossos sentimentos e comportamentos vem de nosso sistema familiar, onde algo deve ser visto e incluído para ser superado e ressignificado. Isso pode transformar seus valores e expectativas.

Vale a pena investir em autoconhecimento e superação de limites, a Vida agradece.

 

 

Artigo escrito por Roberto Debski

Dr. Roberto Debski é médico, especialista em Homeopatia e Acupuntura pela Associação Médica Brasileira, psicólogo, coach sistêmico e trainer em Programação Neurolinguística.
Facilitador em Constelações Familiares






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