Em um avanço significativo para a paleontologia, a aquisição de ossos de dinossauro por meio de uma plataforma online em 2020 culminou na identificação de uma espécie inédita de dinossauro.
O paleontólogo Kyle Atkins-Weltman, afiliado à Escola de Ciências Biomédicas da Universidade do Estado de Oklahoma, EUA, é o responsável por este marco. Seu estudo, publicado recentemente no renomado periódico PLOS One, introduz o Eoneophron infernalis, traduzido curiosamente como “galinha do inferno do faraó”.
Contexto da Pesquisa
Inicialmente, Atkins-Weltman, um doutorando em paleontologia, acreditava estar examinando ossos juvenis do Anzu wyliei, uma espécie descoberta em 2014 e apelidada de “galinha do inferno” devido à sua semelhança com um demônio mitológico emplumado.
Contudo, sua pesquisa tomou um rumo inesperado. Testes de histologia revelaram que os ossos não pertenciam a um jovem Anzu wyliei, mas sim a uma espécie desconhecida até então, pertencente à família dos caenagnathídeos.
A nomenclatura Eoneophron infernalis não é mera coincidência. Ela presta homenagem tanto ao Anzu wyliei quanto a um peculiar animal de estimação de Atkins-Weltman: Faraó, um lagarto-do-nilo. Esta escolha de nome reflete a admiração do paleontólogo pelas criaturas antigas e modernas.
Características Físicas da Nova Espécie de Dinossauro
Através da análise cuidadosa, Atkins-Weltman estima que o Eoneophron infernalis pesava entre 68 e 72 quilos e alcançava 91 centímetros de altura até o quadril, assemelhando-se em tamanho a um ser humano médio.
Leia também: Artista forense recria rosto de escravizado crucificado pelo Império Romano há 2 mil anos; veja resultado
Segundo suas observações, esta nova espécie possuía características aviárias marcantes, incluindo um bico sem dentes, uma cauda relativamente curta e um corpo coberto de penas, inclusive possuindo asas.
O portal científico Live Science aponta que o Eoneophron infernalis habitou a Terra durante o Cretáceo Tardio, período que se estende de 100,5 milhões a 66 milhões de anos atrás. Os fósseis foram descobertos na Formação Hell Creek, localizada na Dakota do Sul, Estados Unidos, uma região conhecida por seu rico depósito de fósseis.
Ao perceber que havia descoberto uma nova espécie, Atkins-Weltman expressou profunda emoção e surpresa. Ele destaca que, apesar de sua vasta experiência e pesquisa na área, nunca imaginou que faria uma descoberta tão significativa.
Este achado não apenas enriquece o conhecimento científico sobre a diversidade dos dinossauros, mas também sublinha a importância de estudos contínuos e detalhados em paleontologia.
Leia também: Casal adota recém-nascido deixado no Corpo de Bombeiros: “Foi coisa de Deus”, diz o pai
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
Fonte: RG