Cingapura lidera o Relatório PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que mede os conhecimentos dos alunos ao final da educação obrigatória.

É difícil o estabelecimento de comparações entre a educação brasileira e a de Cingapura devido às diferenças culturais entre os dois países, mas há muitas lições que podemos aprender com o país asiático.

O relatório do Programa avalia o desempenho dos alunos de 15 anos em diferentes áreas do conhecimento como matemática, ciências e leitura. Cingapura tem figurado nos últimos anos sempre entre os países mais bem avaliados do PISA, podendo ser considerada um espelho para os países que desejam elevar o nível de sua educação.

Pak Tee Ng, reitor associado e líder do Grupo Estudos Acadêmicos do Instituto Nacional de Educação de Singapura apresenta alguns dos princípios da educação singapurense no vídeo abaixo:

Segundo o Pak Tee, a filosofia que orienta o ensino em seu país baseia-se em entender a educação como um investimento e não como um gasto, mesmo em momentos financeiros difíceis. Isso aliado ao recrutamento de bons professores, prestando atenção no desenvolvimento profissional dos mesmos e observando sempre os objetivos em comum entre o Governo, o Ministério da Educação, escolas e professores.

O país asiático tem como foco um ensino capaz de desenvolver o raciocínio crítico e o pensamento criativo dos seus estudantes em vez de priorizar boas notas em provas. As matrizes curriculares de lá contam com uma grande quantidade de “zonas brancas”, espaços destinados ao aprendizado autodirigido e elaboração de projetos pelos estudantes, o que explica o slogam “ensine menos, aprenda mais”.

Uma das práticas do Ministério da Educação de Cingapura é buscar atender às necessidades de seus estudantes, nesse sentido “todas as escolas unem forças em favor de objetivos nacionais comuns, mas incentiva cada escola para desenvolver um sistema de ensino e aprendizagem em si para atender as necessidades de cada um de seus alunos.”

Estruturar um “sistema educacional equilibrado, que não se baseia em obter bons resultados nos exames como em engajar os alunos a adquirirem conhecimento específico de um assunto”, eis uma lição que os governantes e intelectuais brasileiros responsáveis pelo planejamento do ensino público deveriam aprender.







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