Nesta quinta-feira (8), o delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital, disse que o software israelense Cellebrite Premium, que recuperou mensagens apagadas dos celulares de Dr. Jairinho e Monique Medeiros, foi fundamental para a prisão do casal.

“O software contribuiu de maneira muito importante para a investigação”, afirmou o delegado.

O casal foi preso temporariamente nesta quinta (8) por suspeita de homicídio duplamente qualificado de Henry e por tentar atrapalhar as investigações. O laudo da morte do menino Henry, levado pelo casal já sem vida para o hospital no dia 8 de março, aponta sinais de violência.

De acordo com a polícia, não há dúvida de que Henry foi assassinado.

“Hoje temos todos os elementos probatórios e podemos sim afirmar que temos provas que essa criança [Henry] foi assassinada e não foi vítima de um acidente doméstico. O Cellebrite foi uma prova técnica essencial, muito forte, onde o delegado [Damasceno] embasou seu pedido de prisão, que é corroborado pelo Ministério Público e acabou sendo deferido pela juíza do 2º Tribunal do Júri”, afirmou Lopes.

Segundo o diretor do DGPC, “O governador Cláudio Castro, sensibilizado com esse caso, liberou verba no último dia 31 e conseguimos adquirir esse equipamento de última geração, que foi fundamental para o esclarecimento desse caso. Conseguimos obter provas importantíssimas que levaram o delegado a solicitar o pedido de prisão à Justiça. O Ministério Público nos apoiou integralmente e hoje efetuamos a prisão do casal”.

Conversa

Na coletiva que ocorreu nesta tarde, o delegado Henrique Damasceno disse que a polícia achou uma conversa do dia 12 de fevereiro que relata uma agressão de Jairinho.

“Nós encontramos no celular da mãe prints de conversa que foram uma prova extremamente relevante, já que são do dia 12 de fevereiro. E o que nos chamou a atenção é que era uma conversa entre a mãe e a babá que revelava uma rotina de violência que o Henry sofria. De acordo com a babá, Henry contou a ela que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma rasteira e o chutou.

Corpo IML

O delegado também relatou que na véspera da prisão, a polícia conseguiu um depoimento de um executivo da área da saúde afirmando que Jairinho tentou liberar o corpo do menino no Hospital Barra D’Or sem que ele passasse pelo Instituto Médico Legal (IML).

“Ou seja, o corpo não sofreria a perícia e não teríamos como afirmar que essa criança foi assassinada. Mas isso não ocorreu. A equipe do Barra D’Or foi extremamente profissional. O próprio executivo foi profissional e cuidadoso. Ele percebeu que o pedido não tinha razoabilidade e colaborou com as investigações. É mais uma prova importante”, disse Lopes.

Lopes disse que as investigações sobre o caso continuam e que espera que o inquérito seja concluído nos próximos dias para que o casal seja levado para a Justiça e seja julgado pelo crime.

Fonte: G1







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