Quem nunca sentiu aquela fisgada curta no lado esquerdo do peito e, por alguns segundos, ficou em alerta?
Em muita gente — principalmente jovens — isso tem nome e explicação: síndrome da dor precordial aguda, também chamada de captura precordial. É um quadro intenso, porém breve, que costuma assustar mais do que causar danos.
O que é e como se manifesta
A dor aparece de repente, em ponto bem localizado do tórax (muitas vezes abaixo do mamilo esquerdo), com sensação de agulhada ou “facada” que dura segundos — raramente passa de poucos minutos — e some tão rápido quanto veio.
Diferente de problemas cardíacos, tende a ocorrer em repouso: sentado, deitado, lendo ou prestes a dormir. Em parte das pessoas, tentar inspirar fundo piora a fisgada; ocasionalmente, uma única inspiração profunda encerra o episódio.

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Quem costuma ter
O perfil mais frequente envolve crianças e adolescentes, entre 6 e 20 anos, embora adultos também possam relatar crises.
Esse recorte etário ajuda a entender por que, na maioria dos casos, não tem relação com doença do coração. A síndrome é considerada benigna.
Possíveis causas
Ainda não há consenso. As hipóteses mais citadas apontam para irritação transitória de nervos intercostais (os que passam entre as costelas) ou pequenos espasmos na musculatura da parede torácica. Em ambos os cenários, o fenômeno não indica lesão cardíaca.
Eventos cardíacos costumam vir acompanhados de falta de ar intensa, suor frio, palidez, náusea, tontura ou dor que irradia para braço, mandíbula ou ombro.
Na captura precordial, a dor aparece sozinha, bem pontual e sem outros sinais sistêmicos. Duração prolongada ou piora com esforço também acendem alerta e pedem avaliação médica.

Diagnóstico e conduta
Não existe exame específico que “acuse” a síndrome. Eletrocardiograma, raio-X e exames de sangue tendem a vir normais; o médico se baseia na descrição dos sintomas e no histórico, principalmente para descartar causas graves. Confirmada a natureza benigna, a orientação principal é tranquilizar o paciente.
O que fazer durante a fisgada
- Mantenha a calma e respire devagar; aguarde alguns segundos.
- Se tolerável, tente uma inspiração mais profunda para ver se o episódio cessa.
- Em casos recorrentes, técnicas de respiração ou relaxamento muscular podem ajudar — sempre com acompanhamento médico para avaliação individual.

Quando procurar ajuda sem demora
Busque atendimento imediato se a dor durar mais que alguns minutos, espalhar para outras regiões, surgir com esforço ou vier com sinais de alerta (falta de ar importante, suor frio, tontura, náusea, palidez).
A síndrome típica é breve, isolada e autolimitada; qualquer quadro fora desse padrão merece avaliação.
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