Ser chamado de medíocre é como escutar o ruído das unhas de alguém arranhando um quadro-negro. No entanto, infelizmente, estamos cercados de mediocridade. A má notícia é que é contagiosa; A boa notícia é que existe uma cura.

A mediocridade não é algo que nos foi imposto; nós a desenvolvemos  em nós mesmos. O fato é que os hábitos negativos produzem resultados negativos. Mediocridade não acontece para nós; É criado por nós.

Hábitos de pessoas medíocres (espero que você não se reconheça em nenhum)

1Falta de responsabilidade. A pessoa sempre tem uma desculpa inteligente ou aponta alguém ou algo como culpado para que ela possa se esquivar da responsabilidade.  Falta-lhe roupa adequada, o clima não está favorável, um parente adoeceu, não tinha com quem deixar os filhos, o celular não despertou, enfim, o repertório de justificativas banais é enorme e a pessoa nem se dá conta que está mesmo é se boicotando.

2Complacência descarada com os seus. Aos meus, tudo; aos outros, nada. Seu filho nunca apronta, são os outros que o provoca. A professora da sua filha está sempre errada em chamar a atenção dela. A “má companhia” sempre é o filho do vizinho, nunca o seu.  A complacência pode fazer a pessoa defender o indefensável e cometer injustiças em nome de um falso zelo.

3Mentalidade de vítima. A pessoa se convence de que todos estão contra ela. O mundo vive em constante complô para derrubá-la. Não confia em ninguém e tudo que todos fazem é no sentido de prejudicá-la. Sua vida é um enredo de novela da Globo, onde sempre há vilões tramando formas de passa-las para trás. Geralmente essas pessoas nunca relaxam e estão sempre procurando motivos para se queixarem de algo ou de alguém. Vivem se lamentando, se maldizendo dos desacertos da vida sem jamais pensar em responsabilizar as próprias escolhas. Nós somos responsáveis pelas nossas escolhas; se der certo, os méritos serão nossos, mas se der errado, a culpa também tem que ser só nossa.

4 – Falta de feedback sincero. A pessoa raramente aceita, nem quer comentários, tampouco dá bolas para às avaliações que os outros tenham de qualquer coisa a seu respeito, seja no sentido profissional ou até mesmo em referencia a sua própria pessoa. Por isso é difícil para ela saber onde é necessário melhorar. Como resultado, ela nunca aprende com os erros.

5Expectativas baixas. A pessoa se empenha bem menos do que poderia sob a alegação de que qualquer resultado lhe agrada. Contenta-se em render pouco e às vezes justifica o resultado pífio dizendo “que é melhor pouco do que nada”.  Aceita qualquer resultado, confundindo fracasso com humildade.

6Sistema de recompensa pobre. Aqui é o contrário do item anterior. Nesse caso a pessoa se empenha ao máximo, dá tudo de si, mas se conforma com recompensas medíocres, desvalorizando seu esforço, sua capacidade e, por consequência, desvalorizando também o preço de mercado de algum produto ou serviço.

7Má influência. A pessoa se cercou de perdedores e se deixou ser influenciada pelo sentimento de fracasso deles. Infelizmente, seu comportamento é contagioso.

8Falta de concorrência. A pessoa é a única a exercer determinado ramo de serviço na cidade, então a gente não tem outra opção a não ser fazer negócios com ela. Se ela se aproveita desse fato para explorar os clientes, então ela é sim um medíocre.

9Sem consciência. Espalha boatos sem necessidade, adquire produto de fonte duvidosa sob a alegação de que estava muito precisando. Existem pessoas honestas que cometem esse tipo de erro, às vezes sem nem ter a consciência de que está prejudicando alguém, pois o único objetivo é mesmo o de não perder a vantagem que está sendo oferecida. Outras honestas não veem problema algum em se apropriar de objetos achados.  Cometem pequenas ações, aparentemente inocentes, que lhes facilitarão a vida, mas que dificultarão a de outros, como cortar fila, se apropriar do troco dado a mais, dispensar animais domésticos nos quintais alheios, etc.

10Obter algo por nada. A pessoa é recompensada com base na posse em vez de no mérito. Essas situações são bem comuns de se ver e às vezes nem é culpa do favorecido, mas que nem por isso impendem de dar-lhe uma postura medíocre.

11- Má liderança. Se o líder tolera comportamentos de mediocridade de seus liderados, está também sendo um medíocre.

12Falta de compromisso.  Se a pessoa maquia as coisas para parecer que foram concluídas ou para esconder falhas. Se não respeita horário e prazos determinados, se adia tarefas importantes é porque não tem responsabilidade suficiente para se comprometer. Um esforço superficial leva a resultados superficiais.

13Ansiar a aceitação. A pessoa esconde seus padrões pessoais para ganhar aceitação social e se tornar um membro de algum grupo. Quem finge ser o que não é para ser aceito, estará sempre representando e uma hora a farsa se revela. Não é fácil representar o tempo todo.

14Pensar que se é o “sabe tudo”. Ninguém sabe tudo, acredite! Quem acha que sabe tudo acaba se tornando obsoleto, porque não aceita que tem muito a aprender ainda e não se recicla.

15Apatia. A pessoa já esteve por baixo durante tanto tempo que acabou por se tornar apático, deixando se conduzir pelo piloto  automático e se tornando incapaz de reconhecer a sua capacidade de tirar melhores resultados.

Você corre o risco de se tornar medíocre?

Em muitos casos o comportamento medíocre pode até nem prejudicar os outros a não ser a própria pessoa. Mas não querer se prejudicar já é o primeiro passo para se ajudar na busca por melhores condições de vida e o convívio com os demais. Se a gente condena algum desses comportamentos nos outros, provavelmente não vamos também aceitar em nós. Não se trata de julgar quando percebemos essas falhas em alguém. Perceber e apontar isso em outro é uma reação natural de autodefesa, visto que a gente pode ser vítima de um medíocre em algumas dessas situações ai.

Se você se enquadrou em alguma situação de comportamento abordada ai, procure corrigir. Queira se melhorar, queira se evoluir.

 

Traduzido e adaptado de Frank Sonnenberg







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