A rotina e as responsabilidades do dia a dia são esmagadoras. Por vezes, mal temos tempo para cuidar de nós mesmos, que dirá refletir sobre o estado das coisas, não é mesmo?
Temos que trabalhar, cuidar da nossa família, da nossa saúde, pagar os boletos do mês… Quando sobra algum tempo, só queremos descansar e quem sabe, assistir a algo que nos tire momentaneamente de uma realidade dura.
Abaixo, separamos 5 filmes que vão te convidar a refletir um pouquinho: do nosso contexto social enquanto sociedade à grandeza e infinidade do Cosmos. Confira!
1. Interestelar (2014)
Um filme para refletir o nosso lugar e o que significamos perante o Cosmos. Olhando para o céu noturno limpo, podemos enxergar algumas dezenas, talvez centenas de estrelas – um punhado irrisório, dado que a nossa galáxia, a Via Láctea, possui até 400 bilhões de estrelas – cada qual com seus próprios sistemas planetários.
Se o nosso sistema solar conta com 8 planetas (e outros tantos planetas-anões), imagine as demais estrelas? É razoável imaginar que apenas em nossa galáxia, possam haver mais de 1 trilhão de planetas! Quantos deles agregam os ingredientes e condições necessárias para abrigar vida, como a Terra?
Seríamos nós tão privilegiados e únicos quanto pensamos? Se 0,00001% dos planetas da Via Láctea desenvolvessem as características fundamentais para o surgimento da vida (temperatura amena, água em abundância, atmosfera consistente etc.), estamos falando de 100 mil possíveis novos lares para a humanidade!
Espantoso pensar que tudo que escrevi acima se trata apenas das possibilidades na Via Láctea. Existem centenas de bilhões de outras galáxias espalhadas pelo Universo!
Interestelar (2017) nos convida a refletir sobre a vida e muito mais: ao longo da jornada de Cooper e sua tripulação, há espaço para debate sobre buracos negros, viagem no tempo e a importância do amor.
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2. Ex Machina (2014)
A partir de qual ponto uma inteligência artificial deixa de ser considerada um mero “robô” seguindo ordens e ganha consciência e desejos próprios?
Essa é uma premissa de “Ex Machina”, que traz uma reflexão complexa acerca do que é um ser sensciente e até que ponto esse ser – criado pela Humanidade, – que pensa, planeja, sonha e sente como qualquer outra pessoa, pode ser considerado, ele mesmo, um ser humano?
E, na condição de um ser inteligente e racional, em qual medida ele se submeterá aos desejos e caprichos dos seus criadores, por vezes intelectualmente inferiores à sua própria criação?
Ao final de “Ex Machina”, você se verá tragado em uma espiral de questionamentos e reflexões. Não esqueça a pipoca!
3. As Vantagens de ser Invisível (2012)
Charlie não se encaixa. Na escola, é incapaz de se conectar às outras pessoas. Tudo muda quando ele conhece Sam e seu irmão Patrick, que escancaram um novo mundo ao rapaz.
“As Vantagens de ser Invisível” é um brinde a todos os adolescentes que não se encaixam, sem rótulos, e como essa jornada intermediária rumo à vida adulta é marcada por traumas, confusões, mas também momentos extraordinários com pessoas extraordinariamente ordinárias. Sem trocadilhos.
Com uma honestidade brutal, o filme também aborda tópicos sensíveis como sexualidade, abuso físico, discriminação e luto. Um filme muito necessário para todo e qualquer adolescente!
4. Me Chame Pelo Seu Nome (2017)
O quão avassalador é se apaixonar perdidamente por alguém sabendo que, dentro de alguns dias, você talvez nunca mais irá ver novamente?
E o quão urgente é aproveitar cada dia desse encontro-de-almas antes do doloroso adeus?
“Me Chame Pelo Seu Nome” é um soco no estômago, daqueles que te deixam meio sem ar por uns cinco dias, cinco semanas ou até cinco anos, como é o caso deste redator.
Ao término do filme, ficam alguns sentimentos poderosamente instáveis na sua cabeça: a nostalgia de ter acompanhado algo que você sequer viveu pessoalmente; a vontade incontrolável de se apaixonar e viver um romance puro; o desejo impossível de ser jovem para sempre; a necessidade de se conectar à natureza e aprender a valorizar as pequenas coisas.
Assista!!
5. Parasita (2019)
É justo viver em um mundo onde 1% das pessoas possuem mais riqueza do que todos os outros 99%? A partir de qual ponto essa desigualdade escabrosa realmente começa a incomodar os nossos pensamentos?
Sob outra ótica: em algum momento esses 1% no topo da pirâmide se questionam genuinamente a respeito das condições da base da pirâmide?
“Pimenta no olho dos outros é refresco”: o ricaço que trabalha debaixo de ar condicionado, viaja de classe executiva, tem carro importado e condições para terceirizar não apenas a limpeza da própria casa, mas a educação dos filhos, jamais terá sensibilidade para constatar que o empregado mais bem pago dele mal possui condições de alimentar os filhos.
“Parasita” é um filme que mostra a realidade das coisas como ela é. Claro, com muito ímpeto para a polêmica e o contraditório. Imperdível!
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