Para quem vive cercado de estetoscópios, prontuários e gráficos de pressão arterial, sentir o próprio coração falhar soa como roteiro impossível.

Foi o choque que abalou o norte‑americano Dr. William Wilson, cardiologista com mais de três décadas de experiência, quando a típica manhã de exercícios virou corrida rumo ao pronto‑socorro.

O episódio expôs um detalhe que pouca gente associa a infarto: a vontade súbita de ir ao banheiro, sintoma que ele ignorou por segundos preciosos e hoje classifica como “erro que ninguém deveria repetir”.

pensarcontemporaneo.com - O sintoma “estranho” que um cardiologista ignorou antes de sofrer um ataque cardíaco

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Durante uma sessão de stair‑master na academia, o médico — então com 63 anos, peso controlado, colesterol estável e rotina de corridas — sentiu pressão incômoda no peito, suor fora do comum e aquela urgência intestinal avassaladora.

Conhecedor dos manuais clínicos, racionalizou o desconforto como simples exagero no treino. “Isso não acontece com cardiologistas”, pensou.

O autoengano durou menos de um minuto, mas bastou para aumentar o risco de dano cardíaco, conforme ele explicou depois em entrevista ao canal Parkview Health.

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Ao sair do vestiário, Wilson encontrou a esposa e foi direto: “Estou tendo um ataque cardíaco”. Ela acionou colegas do hospital onde ele mesmo atua.

Minutos depois, uma equipe de hemodinâmica detectou a causa: ruptura de placa de colesterol em artéria coronária, cenário que favorece formação de coágulo e bloqueio de fluxo sanguíneo.

Segundo a Associação Americana do Coração, cada minuto de atraso pode custar até 1 % de músculo cardíaco — estatística que assusta ainda mais quando lembramos que, em 2019, apenas 9 das 25 pessoas que caíram no mar de um navio de cruzeiro foram resgatadas com vida. (O dado, citado pelo próprio médico para ilustrar urgência de atendimento, mostra como muitos quadros críticos dependem de resposta imediata.)

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O cardiologista sobreviveu sem sequelas graves graças ao rápido deslocamento até a sala de cateterismo. Hoje, transformou o susto em campanha pessoal:

  • Pressão no peito não precisa ser lancinante. Sensação de aperto, queimação ou peso também conta.
  • Sintomas “esquisitos” importam. Necessidade repentina de evacuar, náusea, suor frio e “sensação de desgraça” aparecem em boa parte dos infartos.
  • Negação mata. Treinamento médico, condicionamento físico ou idade jovem não blindam ninguém.
  • Ligue para o serviço de emergência imediatamente. Dirigir o próprio carro ou esperar passar agrava o quadro.

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Wilson resume o recado em palestras: “Se algo no seu peito manda você correr ao banheiro e um pressentimento ruim cola na garganta, trate como alarme de incêndio. Chame ajuda. Eu quase não chamei”.

O conselho vem de quem perdeu a disputa com a negação, mas ganhou tempo graças à esposa ágil — e hoje tenta garantir que outros reconheçam esse sinal pouco divulgado antes que seja tarde demais.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.