Enquanto boa parte do streaming aposta em tramas colegiais ou casamentos gourmetizados, um título dos anos 2000 reapareceu silenciosamente no catálogo do Max e vem subindo rápido nos rankings brasileiros.

“De Repente é Amor” (título original A Lot Like Love) oferece 107 minutos de flerte turbulento, piadas risonhas e uma linha do tempo que salta sete anos de encontros e desencontros.

pensarcontemporaneo.com - Comédia romântica com Ashton Kutcher e Amanda Peet reaparece no Max e conquista o público

Dois desconhecidos, um voo e sete anos de desencontros

Oliver (Ashton Kutcher), recém‑saído da faculdade e obcecado por um “plano de vida”, encontra Emily (Amanda Peet), artista sem bússola, durante um voo de Los Angeles para Nova York na véspera do ano‑novo de 1999.

O clima esquenta na fileira 23, mas a dupla decide seguir caminhos opostos — e o filme acompanha as colisões periódicas dos dois, sempre em fases incompatíveis, até que o relógio interno de ambos finalmente sincronize.

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Química fora de script

Kutcher ainda não tinha virado astro de blockbuster, e Peet acabara de roubar cenas em “Meu Vizinho Mafioso”. O contraste entre o certinho digital e a fotógrafa desencanada rende diálogos improvisados, muitos deles mantidos na edição final por insistência do diretor Nigel Cole. Resultado: a tensão romântica soa menos ensaiada e mais parecida com papo de bar às quatro da tarde.

Em vez de acumular montagens de beijos e pôr‑do‑sol, o roteiro de Colin Patrick Lynch recorta momentos‑chave — festas de Réveillon, funerais, mudanças de cidade — mostrando que timing e maturidade raramente caminham lado a lado.

Essa costura de lapsos faz do filme uma crônica sobre decisões precipitadas e arrependimentos tardios, sem precisar de grandes vilões além do próprio calendário.

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Trilhas, pagers e outras relíquias 2000s

A seleção musical traz desde “Brighter Than Sunshine”, do Aqualung, até sucessos radiofônicos da época, e o figurino desfila jeans rasgado, pagers pendurados e celulares tijolão, lembrando uma pré‑história dos aplicativos de paquera. Ver esse cenário hoje é quase viajar num mini‑documentário de costumes pop.

Para quem curte romances que trocam grandiosos gestos por conversas atravessadas e timing imperfeito, o play está logo ali — e, desta vez, não há avião perdido no caminho.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.