Se, perto da meia-noite, seu cachorro some pra debaixo da cama, começa a tremer ou vira “sombra” grudada em você, não é drama: é barulho demais para um ouvido que capta sons que a gente nem percebe.
Na virada do ano, o estalo dos fogos vira um gatilho real de estresse — e, em pets com problemas cardíacos, idade avançada ou muita ansiedade, o susto pode ser bem sério. A boa notícia é que dá pra reduzir bastante o incômodo com medidas práticas e, em alguns casos, com ajuda profissional.
Sinais clássicos aparecem rápido quando os fogos começam: rabo encolhido, corpo baixo, orelhas para trás, respiração acelerada e aquela busca desesperada por um canto apertado. Alguns choram, latem sem parar, babam, ficam tentando fugir ou começam a andar em círculos. O ponto é simples: seu cachorro está pedindo segurança do jeito dele — e você consegue ajudar sem “forçar coragem”.
1) Abafador de som próprio para cães (o que mais ajuda de verdade)
Existe protetor pensado para cachorro que funciona como um abafador externo, parecido com um fone grande. A vantagem é que ele reduz o impacto do som sem tampar o ouvido com algo desconfortável lá dentro. Procure modelos com boa vedação e tamanho correto, porque um acessório frouxo incomoda e não resolve. Se o seu pet nunca usou, teste dias antes por poucos minutos, com petisco e carinho, para ele associar o item a coisa boa.
2) Touca/faixa auricular como alternativa (com adaptação e sem improviso perigoso)
Aquelas faixas tipo “touquinha” que cobrem as orelhas podem quebrar um galho quando o cachorro aceita bem. Elas não abafam tanto quanto o abafador, mas já diminuem ruídos e dão sensação de “abraço” na cabeça. O segredo é adaptar antes: coloque por 30 segundos, recompense, tire; repita e aumente aos poucos. Sobre algodão no ouvido: muita gente faz, mas pode irritar, entrar fundo demais ou virar problema se o cão sacudir. Se você tiver dúvida, melhor evitar e focar em outras estratégias.
3) Faixa no corpo (estilo colete de pressão) para diminuir tensão
Tem uma técnica bem conhecida que usa uma tira de tecido para dar pressão suave no tronco, parecida com aqueles coletes calmantes. A ideia é simples: um “aperto confortável” pode reduzir agitação em alguns cães durante ruídos. Use pano macio, não aperte e nunca deixe sem supervisão. Se seu cachorro tentar morder a faixa, travar ou ficar mais nervoso, pare — não é todo animal que curte esse tipo de contenção.
4) Transforme um cômodo em refúgio e bloqueie o barulho antes do caos
Não espere estourar o primeiro rojão. Uns 20 a 30 minutos antes da meia-noite, feche portas e janelas, puxe cortinas e escolha um lugar mais interno da casa (quarto ou banheiro costumam funcionar). Monte um “cantinho” com cama, coberta e brinquedo. Se ele gosta de caixa de transporte, ótimo: cubra com um edredom deixando uma abertura para entrada de ar e acesso. Coloque água por perto e fique no cômodo com ele — presença calma ajuda mais do que discurso.
5) Som de fundo bem escolhido: música constante ou ruído branco
Uma dica simples que muita gente subestima: ligar um som contínuo (música tranquila, ventilador, ar-condicionado, ruído branco) ajuda a “mascarar” os estampidos. Não precisa estar alto — o objetivo é criar um tapete sonoro estável para diminuir a variação brusca do ambiente. Se seu cachorro já tem uma playlist que relaxa, use. Se não, comece a testar hoje, ainda de dia, para ver a reação.
6) Dessensibilização sonora (o que pode mudar o jogo pro próximo Réveillon)
Se todo fim de ano vira sofrimento, vale tratar como treino, não como “sorte”. A dessensibilização funciona com exposição gradual a sons de fogos em volume baixo, aumentando aos poucos ao longo de dias ou semanas, sempre junto de recompensa (petisco, brincadeira, carinho). O objetivo é o barulho virar algo previsível e menos assustador. Pra fazer direito, o ideal é ter orientação de veterinário ou adestrador comportamental — principalmente se o seu cão entra em pânico.
Quando o medo bate, a regra é: não brigue, não force contato e não arraste o cachorro do esconderijo. Se ele quer ficar embaixo da cama, deixe — só garanta que o local é seguro e que ele não vai se machucar tentando “cavar” fuga. Ao mesmo tempo, tente manter sua postura firme e tranquila: muita agitação da nossa parte vira sinal de que “tem motivo pra pânico”. E se seu pet treme muito, tenta escapar, passa mal ou já tem histórico cardíaco, vale falar com um veterinário — existe manejo clínico adequado para casos mais intensos, sem improviso e sem risco.
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