A fibra ótica não envia dados da mesma maneira que os cabos convencionais. Para garantir mais velocidade, todo o sinal é transformado em luz, com o auxílio de conversores integrados aos transmissores. Há dois modos de converter os dados: por laser e por LED (respectivamente: fibras monomodo e multimodo.

Sem essa conversão, os dados enviados e recebidos não poderiam desfrutar das mesmas larguras de banda. Nesse momento, surge a necessidade dos cabos de fibra ótica, pois são eles que permitem a velocidade e a qualidade superiores às oferecidas pelos tradicionais cabos de cobre.

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Entretanto, um estudo publicado em fevereiro deste ano, aponta para avanços de uma nova forma de enviar dados. No entanto, independente de fibra óptica e sim pela luz ao ar livre.

Realização do estudo

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Antenas de Luz
Fonte: Andrew Traverso – Duke University/Reprodução

Para isso, o experimento envolveu:

• A plasmônica: ondas de elétrons produzidas a partir da interação entre a luz e a superfície de um condutor, como a prata;

• Construção de fotodetectores, ou seja, antenas formadas por cubos de prata com 60 nanômetros de largura;

• Nanotecnologia;

• Corante fluorescente.

• Todavia, como ter uma velocidade ultra rápida de transmissão, se quanto maior o sistema, menor a velocidade?

A resposta está justamente nessas 4 ferramentas.

A partir delas, os pesquisadores selecionaram e distribuíram as milhares de antenas de luz em uma camada de prata.

Ademais, essa camada teve como preenchimento um polímero com corante fluorescente.

Em seguida, intercalaram as antenas também com prata. Além de que manteve-se uma distância de 200 nanômetros entre elas.

Assim, os nanocubos das antenas de luz interagiam com a camada de prata abaixo deles. De modo a aumentar a propriedade fotônica do corante usado.

Depois que o sistema foi feito, os pesquisadores testaram a capacidade dele de capturar a luz de um campo de visão de 120 graus. Logo após, organizá-la para passar como que por um funil estreito.

Conclusões

Como resultado, as antenas mostraram-se com:

• Alta velocidade de transmissão;

• Eficiência geral: cerca de 30%;

• Possibilidade de captar a luz vinda de diferentes direções;

• Sistema transmite alta taxa de dados;

• A substância plasmônica pode aumentar em 910 vezes a fluorescência do corante e em 133 vezes a taxa de emissão.

Portanto, é um grande avanço na busca por enviar dados sem fibra óptica.

Por último, o próximo passo será ampliar o experimento e ver se a transmissão super rápida de dados é mantida.

Fonte: Engenharia Hoje







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