Trocar uma rotina estressante por uma vida em alto-mar pode soar como uma escolha ousada, mas para Lynnelle, de 53 anos, foi a saída perfeita para virar a página.
Após deixar para trás um casamento ruim e um emprego que já não fazia sentido, ela passou a viver permanentemente em navios de cruzeiro — e documenta tudo em seu canal no YouTube, Poverty to Paradise, com mais de 80 mil inscritos.
No entanto, com o tempo, ela descobriu que nem tudo é tão empolgante quanto parece nas fotos com vista para o oceano.
Mesmo conseguindo se manter com cerca de US$ 2 mil por mês enquanto viaja o mundo, Lynnelle resolveu abrir o jogo sobre as dificuldades que enfrenta a bordo. E, segundo ela, são mais frequentes do que muita gente imagina.
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Espaço apertado e pouca paciência
Em cruzeiros menores, que acomodam entre 150 e 200 passageiros, o convívio pode se tornar um teste de paciência. Lynnelle relata que longas filas, aglomerações e pessoas impacientes tornam até uma simples saída para o porto um desafio. “Só de pensar em pegar os barcos auxiliares com gente estressada já me dá preguiça”, disse em um dos vídeos.
O corpo não acompanha o relógio
Cruzar mares e fusos horários constantemente mexe com o ritmo do corpo. Ela comenta que em um dia você acorda em horário caribenho, e no seguinte já está completamente fora de sintonia. “É como se meu corpo dissesse uma coisa e o navio respondesse outra”, brinca, ao falar sobre a confusão interna causada por tantas mudanças de horário.
Lavar roupas se transforma em desafio
Outro ponto de frustração envolve a lavanderia do navio. Além dos altos custos, Lynnelle reclama da baixa qualidade do serviço: roupas que não saem limpas como deveriam e falta de opção para quem gosta de fazer tudo por conta própria.
Lotação até nas áreas de lazer
Frequentar a piscina ou a academia no cruzeiro exige paciência. Segundo ela, os horários mais movimentados tornam esses espaços praticamente inutilizáveis. “É como disputar uma vaga no banco em horário de pico”, compara.
Sem carro, sem controle
Ao desembarcar nos portos, ela depende totalmente de transporte público, táxis ou longas caminhadas. Para alguém que sempre gostou de controlar seus deslocamentos, isso se tornou um dos pontos mais incômodos. “Ter que planejar tudo sem um carro é mais cansativo do que parece”, afirma.
Roteiros apertados em destinos incríveis
Conhecer novos lugares é incrível, mas o tempo em terra firme costuma ser limitado. “Descobri lugares que amei e tive que ir embora em menos de oito horas”, lamenta. A experiência, embora intensa, muitas vezes acaba sendo superficial.
Comprar um xampu pode virar missão impossível
Pequenas tarefas do dia a dia, como comprar remédios ou itens de higiene pessoal, se transformam em verdadeiras operações logísticas. Ela explica que, às vezes, precisa de um dia inteiro para resolver algo que faria em minutos se estivesse em terra firme.
Privacidade quase inexistente
Ter um momento de sossego também é raro. Mesmo na cabine, ela diz que o entra e sai de funcionários pode quebrar qualquer tentativa de solidão. “Só quando tranco a porta com cara de poucos amigos é que consigo ficar realmente sozinha”, brinca.
E quando o tempo fecha?
Enfrentar uma tempestade em alto-mar é bem diferente de estar em casa. “Não tem pra onde correr. Quando o navio balança, sua casa inteira balança com ele”, conta. A sensação de vulnerabilidade é constante nessas horas.
Regras demais para todo lado
Outro ponto que a incomoda são as normas rigorosas impostas pelos cruzeiros: desde as restrições no que levar na mala até exigências burocráticas de entrada e saída em cada porto. “Às vezes parece que você está numa escola cheia de regras”, desabafa.
Apesar das reclamações, Lynnelle continua embarcada — literalmente — nesse estilo de vida. E mesmo com todos os incômodos, ela garante que, no fim das contas, ainda prefere o barulho das ondas à rotina que deixou para trás.
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