De vez em quando, o cérebro dá um “curto” curioso: você entra numa sala, ouve uma frase e tem certeza de que já esteve exatamente ali — embora saiba que é impossível. O déjà vu é essa sensação de familiaridade sem lembrança concreta.
Para a psicologia cognitiva, ele costuma surgir quando os sistemas que tratam familiaridade e recordação detalhada disparam fora de sincronia: a cena “soa conhecida”, mas não há memória verdadeira para sustentá-la.
Quando aparece muitas vezes, o fenômeno costuma andar junto de privação de sono, estresse alto e fadiga mental.

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Nessas condições, o cérebro pode carimbar como antigas informações recém-processadas, gerando a impressão de repetição. É como se um eco de curto prazo fosse arquivado no lugar errado, produzindo um “já vi” que não se confirma.
Pesquisas em memória apontam três eixos frequentes nessa experiência: processamento desatualizado (o novo é lido como velho), atenção dispersa (o foco salta e a cena fica mal indexada) e maior excitabilidade dos lobos temporais, áreas ligadas a memória e emoção.
O resultado prático é um “falso alarme” de familiaridade que dura segundos e some sozinho.
Na maioria dos casos, o déjà vu não indica doença. Ainda assim, vale ligar o alerta se ele começar a ocorrer quase diariamente ou vier acompanhado de outros sinais (desmaio, confusão, lapsos de consciência, sensações estranhas como cheiros ou sons inexistentes, movimentos involuntários).

Nesses cenários, procure avaliação médica ou psicológica para descartar causas neurológicas e ajustar fatores de estresse/sono.
O que ajuda no dia a dia é simples e cumulativo: higiene do sono (horário regular e telas longe da cama), pausas reais durante o trabalho, limite de estímulos no fim do dia e técnicas de manejo do estresse (respiração guiada, psicoterapia, atividade física).
Ao reduzir ruído e cansaço, o cérebro tende a sincronizar melhor seus “relógios” — e o déjà vu perde força.
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