1 – Família religiosa
Nietzsche nasceu numa família luterana. Seus dois avós eram pastores protestantes. O próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor, entretanto, rejeitou a crença religiosa durante sua adolescência e o seu contato com a filosofia afastou-o da carreira teológica.

2 – Ateísmo
Ateu militante, Nietzsche tirou as consequências últimas do homem-deus, não visualizando para ele nenhum grande tormento caso ele seguisse o seu ideário até o fim. Ao contrário, previu e enalteceu o homem-idéia que, em função da sua causa seria uma máquina de insensibilidade, trafegando, altaneiro, bem acima dos preceitos morais do seu tempo. Fazendo novas regras restritas a uma elite, o Übermensch teria seu comportamento amoral regulado apenas pela sua inata vontade de domínio – Wille zur Macht – e por uma compulsiva sede de vida.

3 – Exército
Em 1867, Nietzsche foi convocado para servir ao exército, porém sofreu um acidente e consequentemente, foi dispensado. Novamente, em 1870, Nietzsche irá servir ao exército como enfermeiro.

4 – Doenças
As consequências de sua doença (cegueira, enxaqueca, dores de estômago) foram a causa para deixar seu trabalho como professor na Universidade de Basel.

5 – Dostoiévski
Nietzsche foi um confesso admirador de Dostoiévski, quase no mesmo momento em que o grande russo baixava à sepultura, em 1881, chegou à conclusões totalmente opostas ao grande russo quando iniciou a redação de Assim falou Zaratustra. A sua concepção de super-homem parece extraída diretamente daquelas novelas.

6 – Paixão
Não há muitos relatos sobre esse lado de Nietzsche, mas por uma pelo menos ele se interessou – dizem que chegando à paixão – uma jovem russa que vivia no Ocidente chamada pelo exótico nome de Lou Salomé e por quem ele, inutilmente, se entusiasmou por uns oito meses no ano de 1882. Ela, mais tarde, casou-se com o poeta Rainer Maria Rilke, e também freqüentou Freud, de quem se tornou discípula.

7 – Vida de cigano
Quem o conheceu naquela época, entre 1880-90, não deixou de se comover ao vê-lo. Friedrich Nietzsche, devastado por uma miopia de 15 graus, andava como que às cegas, tateando com as mãos ou com a bengala o perigoso espaço embaçado que imaginava na sua frente. Desde que o aposentaram precocemente aos 34 anos da Universidade de Basiléia na Suíça, deu-se a ter uma vida de pobre cigano, arrastando-se de pensão em pensão, de quarto em quarto, por cidades italianas (Gênova, Veneza, Sorrento, Turim), francesas, (Nice) ou recantos suíços (como Sils-Maria). Se bem que nascido em Röcken, em 15 de outubro de 1844, no coração da Saxônia, pode-se dizer que Nietzsche passou seu tempo de adulto mais fora do que dentro da Alemanha.

8 – Um notável escritor
Durante mais de dez anos aquele esquisito professor alemão, que chamava a atenção das pessoas por andar com um bigodão de cossaco, trancado com seus livros e papéis em aposentos soturnos, dedicou-se a produzir candentes escritos contra tudo o que era estabelecido e até mesmo o que consideravam não convencional (como o socialismo e o feminismo). Poucos deixam de ler uma página de Nietzsche sem uma forte impressão – a favor ou contra. E que escrita! Ninguém como ele empunhara o alemão assim, a marteladas.

9 – Nazismo
Muitos dizem que a filosofia nietzschiana embasou o nazismo, todavia não é verdade que ele era a favor de doutrinas nazistas, mas sim que Hitler utilizou seus textos publicados postumamente e manipulados por sua irmã (que foi casada com um membro do exército alemão) para inventar seu apoio.

10 – Loucura
Conta a lenda que Nietzsche foi internado depois de um estranho fato acontecido em Turim, no ano de 1889. Ao ver da sua janela um pobre cavalo ser brutalmente espancado pelo dono, o filósofo correu em socorro do animal. Após espantar o cocheiro aos berros, Nietzsche passou os braços ao redor do pescoço do cavalo e começou a chorar convulsivamente. O choro, porém, durou pouco. Acometido por um violento colapso, o filósofo precisou ser carregado para seu quarto, onde permaneceu desacordado por alguns minutos. Quando voltou a si, não era mais o mesmo – pronunciava frases ininteligíveis, cantarolava, martelava o piano e soltava estranhos ruídos.







Poderia dizer o que faço, onde moro; mas, sinceramente, acho clichê. Meus textos falam muito mais sobre mim. O que posso dizer é que sou um cara simples. Talvez até demais. Um sonhador? Com certeza. Mais que isso. Um caso perdido de poesia ou apenas um menestrel caminhando pelas ruas solitárias da vida.