A ideia de um perdão relâmpago para Sean “Diddy” Combs deixou de ser rumor de bastidor e entrou no radar oficial da Casa Branca.
Interlocutores de Donald Trump confirmam que o presidente “avalia seriamente” assinar a graça antes mesmo da sentença do rapper, marcada para 3 de outubro, data em que ele pode pegar até 20 anos por duas condenações ligadas ao transporte de pessoas para prostituição.
Em conversas recentes com assessores, o republicano disse ver Combs como “meio inocente” e criticou a cobertura midiática do caso.

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O gesto também viria em boa hora politicamente: aliados consideram que um indulto a uma figura pop poderia suavizar críticas sobre outros perdões recentes, principalmente os ligados aos réus do 6 de janeiro.
Trump e Diddy já trocaram elogios públicos. Em 2012, o então apresentador de reality shows chamou o artista de “bom amigo”. A cordialidade, porém, desandou quando o magnata entrou na política: em 2020, Combs fez campanha aberta por Joe Biden.

Apesar disso, pessoas próximas relatam que figuras da música e da TV – algumas com trânsito na campanha de 2024 – trabalham nos bastidores para reaproximar os dois.
A Constituição permite que o presidente perdoe condenações federais a qualquer momento, mesmo antes da sentença final.

Se Trump assinar o documento agora, o julgamento continuará valendo como condenação, mas a pena desaparece.
Advogados ouvidos pela imprensa apontam que seria um movimento raro, porém legal, seguindo o precedente de Richard Nixon, beneficiado por Gerald Ford em 1974.

Nos bastidores, o time jurídico do rapper prefere a estratégia convencional: tentar reduzir a pena nas diretrizes federais, estimadas hoje em torno de quatro anos.
Ainda assim, ninguém descartaria um perdão: ter a liberdade garantida por decreto pouparia anos de apelações – e Combs continua detido sem direito a fiança desde 2 de julho.
O Departamento de Justiça deve enviar um parecer à Casa Branca sobre o caso nas próximas semanas, mas Trump não é obrigado a segui-lo. Para os assessores que tratam do tema, a decisão final será tomada “no feeling”, próxima à data da sentença – ou mesmo na madrugada anterior, como já ocorreu em outras graças presidenciais.
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