Quando se fala em demência e Alzheimer, a conversa normalmente vai direto para lapsos de memória. Só que um alerta importante vem ganhando espaço entre neurologistas: o primeiro sinal pode aparecer no mapa, não no calendário.

Antes de esquecer nomes ou compromissos, muita gente começa a se desorientar — perde referências de lugar, erra caminhos conhecidos e se confunde sobre como chegou a determinado ponto da cidade.

O neurologista Stephen Cabral, do podcast The Cabral Concept, resume o alerta: a dificuldade de orientação espacial tende a surgir cedo e merece atenção. Não é o mesmo que “onde deixei as chaves?”. É perder o norte em trajetos rotineiros, sentir estranhamento em ambientes familiares ou demorar a entender para que lado seguir, mesmo em locais conhecidos.

pensarcontemporaneo.com - “Você acha que demência começa com esquecimento? Médico alerta: o sintoma é outro — e assustador

Segundo Cabral, esquecimentos comuns do dia a dia — nomes, recados, pequenos objetos — podem vir de estresse, noites mal dormidas ou sobrecarga. O que preocupa de verdade é quando a pessoa passa a não saber onde está ou como chegou ali. Esse tipo de confusão indica possível alteração nas áreas do cérebro ligadas à navegação espacial e à percepção de ambiente.

Outro ponto de atenção é a noção espacial no corpo: estacionar o carro torto, raspar o pneu com frequência, errar distâncias simples ou “perder a mão” em tarefas que dependem de coordenação fina. Quando isso surge de forma nova e repetida, vale levar a observação ao consultório.

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Guias de saúde como o do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) listam sinais frequentes que podem acompanhar o quadro ao longo do tempo:

  • Perda de memória, especialmente para fatos recentes
  • Dificuldade para aprender informações novas
  • Esquecimento de tarefas cotidianas e de onde guardou objetos
  • Falhas no reconhecimento de pessoas próximas
  • Mudanças de humor, apatia e desinteresse por atividades usuais
  • Dificuldade para regular emoções e queda de empatia
  • Alucinações ou construção de memórias falsas

Com a progressão, é comum perder autonomia para atos simples, como se alimentar, vestir-se e manter a higiene, exigindo apoio constante da família e de cuidadores.

O impacto global é crescente. Estimativas citadas pela Organização Mundial da Saúde apontam dezenas de milhões de pessoas vivendo com demência no mundo, com números que tendem a subir nas próximas décadas à medida que a população envelhece.

Sobre prevenção e cuidado do cérebro, especialistas ouvidos pela imprensa médica reforçam que estilo de vida faz diferença. Uma alimentação equilibrada, atividade física regular, sono de qualidade e controle de fatores de risco (pressão, diabetes, tabagismo) ajudam a proteger a função cognitiva.

Entre os alimentos mais recomendados:

  • Peixes ricos em ômega-3 (como salmão)
  • Verduras e folhas verdes
  • Frutas vermelhas (especialmente mirtilo)
  • Proteínas magras
  • Aveia e grãos integrais
  • Feijões e outras leguminosas
  • Azeite de oliva extra virgem

Em resumo: se alguém começa a se perder com facilidade ou a se desorientar em lugares familiares, vale procurar avaliação médica.

Detectar cedo abre caminho para investigar causas, tratar condições associadas e planejar cuidados que preservem a qualidade de vida.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.