Um idoso residente do Texas, nos Estados Unidos, apelidado de ‘Polio Paul’ é uma das últimas pessoas no mundo que ainda vivem graças a um “pulmão de ferro”.

Paul Alexander, de 76 anos, viveu boa parte da vida confinado ao dispositivo, desde que contraiu a doença cerca de sete décadas atrás.

O norte-americano é um advogado, escritor e sobrevivente da poliomielite. Ele é conhecido  mundialmente como uma das últimas pessoas a viver em um pulmão de ferro depois de contrair poliomielite em 1952, aos seis anos de idade.

Desde então, Paul ficou paralisado por toda a vida, apenas capaz de mover a cabeça, o pescoço e a boca.

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Durante um grande surto de poliomielite nos Estados Unidos no início da década de 1950, centenas de crianças em Dallas, Texas, incluindo Alexander, foram levadas para o Hospital Parkland.

Lá, as crianças eram tratadas em uma ala de pulmões de ferro. Ele quase morreu no hospital antes que um médico percebesse que ele não estava respirando e o colocasse em um pulmão de ferro.

A partir de 1954, com a ajuda da organização March of Dimes e de uma fisioterapeuta chamada Sra. Sullivan, Paul aprendeu sozinho a respiração glossofaríngea, o que lhe permitiu deixar o pulmão de ferro por períodos de tempo gradualmente crescentes.

Na juventude, ele conseguiu se formar no ensino médio graças à Dallas Independent School District, estudando em casa. Aprendeu a memorizar em vez de fazer anotações.

Aos 21 anos, Paul se formou como segundo melhor aluno do colégio WW Samuell High em 1967, tornando-se a primeira pessoa a receber o diploma em uma escola secundária de Dallas sem frequentar fisicamente uma aula.

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Paul recebeu uma bolsa de estudos para a Universidade Southern Methodist. Ele se transferiu para a Universidade do Texas em Austin, onde obteve o diploma de bacharel em Direito em 1978, seguido de um Juris Doctor em 1984.

Por fim, foi reconhecido pelo Guinness World Records como a pessoa que passou mais tempo vivendo em um pulmão de ferro ao longo de todas essas décadas.

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Livro

Paul publicou suas memórias, “[…] Minha vida em um pulmão de ferro” em abril de 2020 com a ajuda do amigo Norman D. Brown RN (aposentado).

De acordo com o The Guardian, “ele levou mais de oito anos para escrevê-lo, usando um bastão de plástico e uma caneta para digitar sua história no teclado ou ditando as palavras para um amigo”.

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Pulmão de ferro

Um pulmão de ferro é um tipo de ventilador de pressão negativa (NPV), um respirador mecânico que envolve a maior parte do corpo de uma pessoa e varia a pressão do ar no espaço fechado para estimular a respiração.

Ele auxilia a respiração quando o controle muscular é perdido ou o esforço respiratório excede a capacidade da pessoa. A necessidade deste tratamento é resultante das sequelas de uma doença, como a poliomielite e o botulismo.

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O uso de pulmões de ferro é amplamente obsoleto na medicina moderna, à medida que terapias respiratórias mais modernas foram desenvolvidas, e devido à erradicação da poliomielite na maior parte do mundo.

No entanto, em 2020, a pandemia de COVID-19 reavivou algum interesse no dispositivo como um substituto barato e prontamente produzível para ventiladores de pressão positiva, que se temia serem superados em número por pacientes que potencialmente precisavam de respiração assistida artificialmente temporária.

Fonte: Jornal Ciência

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.