Num catálogo lotado de comédias românticas e ação, “Jogo Justo” (Fair Play, 2023) virou assunto por unir dois públicos que raramente concordam: quem busca drama de casal bem escrito e quem gosta de thriller tenso sobre ambição e poder.
O longa da Netflix coloca amor e carreira no mesmo ringue — e não sobra espaço para zona neutra.
A história acompanha Emily (Phoebe Dynevor) e Luke (Alden Ehrenreich), analistas de um fundo de investimento hipercompetitivo que mantêm o namoro em segredo por regras internas.

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Quando Emily é promovida ao cargo que Luke acreditava ser seu, o relacionamento entra em pane: ciúme, “ego ferido” e disputas por influência escorrem do escritório para o apartamento, elevando o conflito a um ponto de perigo real.
O filme é a estreia em longa da diretora e roteirista Chloe Domont, que mira as dinâmicas de gênero e poder no ambiente financeiro sem maniqueísmo.

A cineasta contou que encolheu o set aos poucos (literalmente aproximando as paredes) para transmitir a sensação de claustrofobia conforme a relação racha — um detalhe de encenação que o público sente, mesmo sem perceber.
Para além do barulho nas redes, a recepção crítica foi forte. Em agregadores de crítica, “Jogo Justo” figura entre os thrillers mais elogiados da Netflix em 2023, destacando o controle de tensão “à moda dos melhores filmes nervosos dos anos 1990” e o choque entre intimidade e ambição.
A plataforma de notas aponta consenso crítico positivo e comentários de público ressaltando elenco afiado e discussões espinhosas sobre trabalho e relacionamento.
No desenho dos personagens, Dynevor e Ehrenreich evitam atalhos: ela segura o desempenho com assertividade e vulnerabilidade, enquanto ele se aproxima do tema da fragilidade masculina que a diretora vem discutindo desde a estreia em Sundance — assunto que gerou entrevistas detalhando escolhas de roteiro e cenas de sexo como dispositivo dramático, e não como enfeite.
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