10 – Pais judeus

Os pais de Marx eram Judeus, mas se converteram ao cristianismo por causa da repressão religiosa que marcou a monarquia absolutista prussiana cuja legislação proibia não cristãos de ocupar cargos públicos. Até de nome o pai do futuro filósofo mudou: Herschel Mordechai virou Heinrich Marx em 1818. A conversão foi fundamental no destino de Marx: de acordo com a tradição judaica, o primogênito da família assumia o cargo de rabino de Trier, tradição que acabou com o irmão mais velho de Heinrich. A ironia é que o jovem que poderia ter virado rabino ficaria famoso como o homem que definiu a religião como ópio do povo.

9 – Sua mãe pertencia à família Phillips

Sua mãe Henriette Pressburg, dona de casa holandesa pertencia à família Phillips – cujo sobrenome hoje é referência em aparelhos eletrônicos.

8 – Grande apreciador do álcool

Durante os seus estudos em Bonn, Marx mostrou grande carinho para o álcool e se juntou ao clube Tavern Trier (Landsmannschaft der Treveraner), uma associação de consumidores de onde em um ponto ele se tornou o seu co-presidente.

7 – Poeta lírico

A arte e a literatura faziam parte do próprio ar que Marx respirava, como intelectual alemão fantasticamente culto dentro da grande tradição clássica da sua sociedade. Os seus conhecimentos de literatura, de Sófocles ao romance espanhol, de Lucrécio à ficção inglesa de cordel, eram de uma amplitude desconcertante; o círculo operário alemão que fundou em Bruxelas dedicava uma noite todas as semanas à discussão das artes, e o próprio Marx era um frequentador inveterado dos teatros, declamador de poesia, devorador de toda a espécie de arte literária, da prosa augustana às baladas industriais.

6 – Fumante inveterado

A obra O Capital, dizia Marx: “jamais me dará o que já gastei em fumo enquanto o escrevia”. Gastava muitos fósforos. Distraído, com tanta frequência deixava o cachimbo ou o cigarro se apagar que, para reacendê-los, desperdiçava incrível quantidade de fósforos.

5 – Caligrafia horrível

Marx tinha uma caligrafia pavorosa, que a mulher se encarregava de transcrever para possibilitar a publicação de seus textos. Jenny, portanto, foi importante não somente como esposa, mas também como “tradutora”.

4 – Hiperatividade

De saúde frágil, complicada por causa do tabagismo e do álcool e também pela indisciplina na carga de trabalho, muitas vezes varando noites, Marx era um primor de desorganização e hiperatividade: o primeiro volume de O Capital, o trabalho mais importante de Marx, foi entregue com 16 anos de atraso.

3 – Pobreza

Já com quatro filhos, Marx e Jenny sentiam os efeitos colaterais da militância. Viviam de favores e sempre na linha da pobreza. E a destituição teve um preço trágico: quatro dos sete filhos do casal morreram ainda crianças, de doenças ligadas às condições precárias da família. As humilhações tornaram-se constantes: quando não eram despejados, os Marx precisavam de “jeitinhos” para evitar cobradores e senhorios. Houve invernos em que até roupas foram penhoradas para poder arrumar trocados para comida.


2 – Filho bastardo

Marx tivera um caso com Helene Demuth, a governanta da família, e, além disso, engravidou a serviçal durante uma viagem da mulher.

1 – Matemática

Tinha um modo original de se distrair a matemática. A álgebra era para ele como um conforto moral e lhe serviu de refúgio nos momentos mais difíceis e dolorosos de sua agitada existência. Durante a última enfermidade de sua mulher, foi-lhe impossível ocupar-se de seus trabalhos científicos. E o único meio que encontrou para subtrair-se à dor que lhe causava a doença da companheira foi refugiar-se no árido campo da matemática. Foi durante esse período de sofrimentos morais que ele escreveu um trabalho sobre cálculo infinitesimal, obra de grande valor, segundo os matemáticos que a conheceram. No campo das matemáticas superiores, Marx recuperava o movimento dialético em sua forma mais lógica e mais simples. Era de opinião de que uma ciência não podia verdadeiramente desenvolver-se senão quando pudesse utilizar a matemática.







Poderia dizer o que faço, onde moro; mas, sinceramente, acho clichê. Meus textos falam muito mais sobre mim. O que posso dizer é que sou um cara simples. Talvez até demais. Um sonhador? Com certeza. Mais que isso. Um caso perdido de poesia ou apenas um menestrel caminhando pelas ruas solitárias da vida.